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Finanças Pessoais: Assuma o controle da sua carteira

Quem se endivida e não tem planejamento entra num ciclo, onde o dinheiro acaba ou é cortado antes mesmo de chegar em suas mãos. Este é o sintoma mais evidente de uma realidade inegável: falta educação financeira para a maioria das pessoas no Brasil.

Estar bem com nossa situação financeira impacta diretamente em diversos fatores da nossa vida pessoal e mental, uma vez que problemas com dívidas se refletem em ansiedade, estresse,  dificuldades em relacionar-se, falta de concentração, entre diversos outros fatores cotidianos.

Quando aprendemos a administrar nossas finanças pessoais fica mais fácil alcançar o equilíbrio financeiro, e, consequentemente a construção de uma vida sustentável e tranquila, sendo possível realizar sonhos e metas sem ficar sempre lutando contra estar no vermelho.

Estima-se que três a cada dez brasileiros estejam inadimplentes, de acordo com o Serasa. São 68 milhões de endividados, número que cresceu em todos os meses de 2022. A organização, que é referência no tema, afirma que grande parte dos brasileiros fazem compras exageradamente e sem planejamento, não poupa e muito menos investe, rendendo-se muitas vezes a empréstimos consignados.

Quem se endivida e não tem planejamento entra num ciclo, onde o dinheiro acaba ou é cortado antes mesmo de chegar em suas mãos, restando a adoção de novos empréstimos para cobrir as dívidas anteriores. Estes são os sintomas mais evidentes de uma realidade inegável: falta educação financeira para a maioria das pessoas no Brasil.

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Por que as finanças pessoais importam?

A organização das finanças pessoais precisa andar sempre alinhada a um diagnóstico realista e um planejamento cuidadoso. 

Quem nunca pensou em realizar a viagem dos sonhos, fazer uma especialização ou até mesmo comprar um imóvel, e esbarrou no orçamento apertado ou nas dívidas para pagar? Pois é, essa é a realidade de muitas pessoas que não conhecem ou não aplicam os conceitos básicos das finanças pessoais.

O primeiro passo para se entender sobre finanças pessoais é adquirindo a maturidade de que não se trata de um simples ato de anotar tudo que ganha e gasta, tão pouco anotar nos primeiros dias, e nunca mais olhar para esses números.

Finanças pessoais trata-se da via de mão dupla de se alinhar o que se ganha com o que se gasta.  Assim como na administração financeira corporativa, as finanças pessoais precisam estar alinhadas a múltiplas habilidades, tais como: planejamento, liderança, e controle.

Quando cuidamos das nossas economias conseguimos construir conforto e segurança para nós e nossa família, sendo possível alcançar a estabilidade, saindo das dívidas para uma situação de equilíbrio entre receitas e despesas - o que é ganho e o que é gasto.

A partir desse equilíbrio conseguimos buscar e visualizar novas perspectivas e fontes de rendas até chegar a um saldo positivo ao final dos meses ou até fazendo sobrar para um eventual investimento.

É claro que fatores mais gerais, como a inflação ou a política econômica de cada governo, podem afetar a vida de todos nós. O chamado para estudar e aplicar as finanças pessoais não ignora essa questão, mas procura nos trazer as ferramentas adequadas para estarmos em boa situação, mesmo quando o cenário é desfavorável.

Em outras palavras, nas crises as finanças pessoais se tornam ainda mais importantes!

Como controlar suas finanças pessoais?

Quando você passa a controlar seu orçamento, tendo um conhecimento claro sobre o que é gasto e sabendo se a longo prazo os movimentos do seu dinheiro são vantajosos, você consegue ter mais noção do que poderia fazer com esses recursos.

Sendo assim, anotar tudo que se gasta é o primeiro passo, pois ninguém pode controlar o desconhecido. Peter Drucker, considerado o pai da administração moderna, tem uma citação famosa: O que pode ser medido pode ser melhorado.

Mesmo que o gasto seja mínimo você precisa anotar, afinal, se pequenos gastos inocentes ficam despercebidos, a longo prazo eles podem apresentar um grande rombo nas contas. A maioria das pessoas sabe que gastou R$ 5 mil numa reforma ou R$ 2 mil numa urgência médica, mas são as dezenas ou centenas de reais acumulados em despesas menores que te levam a olhar os números na sua conta sem saber onde o dinheiro foi parar.

Ter clareza dos desperdícios, excessos e até mesmo necessidades irá te ajudar a fazer os ajustes necessários para se chegar no equilíbrio. Mas calma, isso não significa cortar todas as coisas que você gosta de consumir ou fazer, apenas se organizar melhor - afinal o lazer também está diretamente ligado à qualidade de vida e saúde mental.

Já estou endividado, o que fazer? 

O primeiro passo para se sair do vermelho parece um pouco óbvio, mas muitas pessoas o ignoram.

Se preocupe menos com o valor geral das dívidas, e mais com o seu potencial de crescimento. Ao invés de pagar uma dívida de 4 mil com juros de 2%, por exemplo, dedique o valor a pagar aqueles R$ 400 com juros de 20%. 

Uma dica é utilizar aplicativos financeiros para fazer essa conta por você, basta digitar o valor da dívida, o vencimento e as taxas de juros para saber onde mirar primeiro.

Outro passo importante é começar a fazer compras somente à vista. Não se quita dívidas fazendo mais dívidas, e é aí que entra mais um erro comum de muitas pessoas - seja por novos empréstimos, dinheiro emprestado com familiares e amigos, ou até mesmo fazendo um novo cartão quando o limite do outro acaba.

Esse é um dos caminhos mais fáceis para se criar uma bola de neve cada vez maior.

Eu sei, usar o cartão de crédito traz uma sensação ótima, como se a compra fosse gratuita, mas provavelmente foi esse comportamento que gerou as dívidas atuais!

Após atingir a estabilidade, comece a planejar sua reserva e os próximos passos para um possível investimento.

Consumo: as pessoas trabalham para gastar 

O consumo é o tema mais básico nos estudos das finanças pessoais. Todos nós somos consumidores em alguma medida, independentemente da nossa idade, gênero, status ou social. Até mesmo um recém-nascido já entra no mercado de consumo mesmo antes de falar ou ter consciência sobre o que é dinheiro. 

De uma forma inevitável, o consumo está diretamente ligado à nossa vida - consumimos para nossa manutenção, para adquirir prazeres, vivenciar experiências, para nossa evolução e até mesmo para nos mostrar dignos a outras pessoas.

Todos trabalham visando o salário para que possam consumir, e como via de regra, almejam consumir mais e com mais qualidade, criando um ciclo sem fim. Ou seja, se seu estilo de vida hoje é sustentado com 3 mil, seu pensamento não gira em torno de tentar viver com 2 e investir mil mensais, mas sim, buscar um estilo de vida de 5 ou 10 mil.

Poucas pessoas buscam guardar dinheiro com a intenção de poupar para momentos de emergência ou potenciais investimentos. Em geral, queremos dinheiro para gastar e ter a recompensa imediata pelo trabalho prestado.

Não confunda seus desejos com sua necessidades 

Desejos são aquelas coisas que queremos ter ou gostaríamos de ter, mas que são fúteis. Já nossas necessidades são coisas das quais não podemos abrir mão, são essenciais para nossa sobrevivência e sua ausência pode afetar diretamente a nossa qualidade de vida.

Pensando assim, esses conceitos se apresentam bem claros, no entanto, quando falamos da vida financeira muitas pessoas tomam conclusões diretamente ligadas ao consumo exagerado simplesmente por não diferenciar na prática uma coisa da outra.

Essa dificuldade de distinguir desejo de necessidade é uma armadilha no mundo das finanças pessoais, afinal o mundo se movimenta com diversas estratégias de marketing para nos convencer que esses itens de desejos são na verdade, coisas essenciais. Antes de culpar as empresas, no entanto, precisamos aprender a controlar nossos impulsos.

O que sua relação com o dinheiro diz sobre suas emoções?

Diferentemente da organização de finanças corporativas, as finanças pessoais são mais ligadas a questões emocionais, crenças e vieses. É preciso quebrar esse ciclo e estar mais atento ao que se gasta, pensando sua vida como uma empresa.

Gastar de forma impulsiva pode ter relação direta com fatores emocionais. Comprar exageradamente pode simbolizar fuga de alguma situação de extremo estresse ou frustração, por exemplo. Impulsividade, medo, fuga, carência, entre diversos outros sentimentos podem apresentar uma relação na forma, nem sempre direta, como cada um lida com as finanças. 

A relação entre as emoções e o modo de se utilizar o dinheiro pode influenciar no sucesso ou fracasso pessoal. Por isso, é extremamente importante compreender que a emoção e a razão estarão presentes em todas as decisões que um indivíduo fizer, sendo fundamental encontrar o equilíbrio entre elas.

5 dicas para inovar com suas finanças pessoais

Com o aumento de trabalhos home office como outros avanços gerados pela transformação digital, surgem outras formas de inovar nas suas finanças pessoais, fazendo uma renda extra que pode te tirar do vermelho, ou usando a tecnologia para controlar melhor seu dinheiro. É uma oportunidade única, disponível para todos nós.

1) Crie sua conta num banco digital

Dinheiro precisa ser não só guardado, mas também investido.

Bancos digitais estão cada vez mais comuns no mercado por facilitarem diversos processos, serem de fácil acesso, ou seja, rapidamente uma pessoa pode criar uma conta pelo celular, além de oferecer diversas vantagens em taxas de serviço, rendimentos e facilidades de processos que não se encontram em uma poupança tradicional.

A maioria das poupanças tem um rendimento que nem sequer cobre o aumento da inflação - isso significa que o número aumenta, mas com o tempo você terá cada vez menos dinheiro. Os bancos digitais conseguem aumentar essa taxa de retorno, por terem menos despesas em suas operações, e podem ao menos manter o seu dinheiro estável.

2) Crie renda extra online

Um dos lemas do Movimento Transformacional é justamente a venda de conteúdos de valor. Pois bem, diferentemente do que muitos pensam você não precisa de produtos físicos para começar a empreender - abrir uma loja virtual, criar produtos digitais, venda de mentorias, e o trabalho online em geral são uma ótima forma de fazer uma renda extra em casa.

Com criatividade e inteligência, é possível encontrar muitas opções práticas que utilizem suas habilidades atuais, trabalhando como designer, redator ou editor de vídeo, por exemplo.

3) Renegocie suas dívidas

Anualmente acontecem os feirões de negociação, principalmente aos finais de ano, então esteja atento e pronto para negociar sua dívida. Além disso, você também pode buscar diretamente as instituições e tentar formular novos acordos. É possível que o banco, loja ou outra organização prefira receber um valor menor agora do que aguardar indefinidamente pela quantia total.

4) Planeje

Sua reestruturação financeira irá depender diretamente do seu planejamento. Hoje em dia existem diversos aplicativos que te ajudam criando planilhas e trazendo dicas financeiras que se adequam a cada realidade específica, mesmo para quem não gosta de encarar os números.

5) Invista em conhecimento

O trabalho virtual está quase inteiramente ligado à venda de conhecimento, seja através de produtos que ensinam algo ou de serviços que podem ser realizados com suas habilidades. Investir em conhecimento é uma forma de se posicionar para ter ganhos cada vez maiores.

Conclusão

Para atingir a liberdade financeira, é preciso saber lidar com suas finanças pessoais a fim de garantir uma qualidade de vida tanto física como mental, uma vez que o endividamento é uma causa direta de sofrimento psicológico.

Ademais, quando estamos estruturados financeiramente atingimos com mais facilidade sonhos e objetivos, bem como, buscamos outras possibilidades para fazer uma renda extra ou investir os ganhos atuais. É uma base para construirmos a vida que desejamos ter!

Artigo publicado em:
30/11/2022
foto romanni

Romanni Souza

Criador da Hipnose Transformacional, graduado em psicologia pelo Unipam, e pós graduado em neurociências pela PUCRS. Fundador do Instituto Romanni, com mais de 20 mil pessoas transformadas.

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