O papel principal de uma boa liderança é transformar as potencialidades dos colaboradores em resultados palpáveis para a empresa. O líder, nesse sentido, é uma peça essencial, pois cabe-lhe a função de analisar habilidades e encontrar os diferenciais que levam ao sucesso da equipe.
Tais habilidades e técnicas compõem a gestão de equipes. Talvez você ainda não tenha uma empresa formal, mas se já contrata um contador ou alguém para cuidar das suas redes sociais, por exemplo, pode usar esses conceitos para melhorar o trabalho feito com eles.
Podemos definir gestão de equipe como um conjunto de práticas usadas para garantir um bom desempenho do grupo. Este conjunto de práticas foca em potencializar as habilidades dos integrantes e manter o bem-estar, visando o curto e longo prazo.
Nesse contexto, um líder eficiente é alguém capaz de harmonizar forças opostas: controle e autonomia, desafio e zona de conforto, criatividade e regras, por exemplo. Ele precisa encontrar o equilíbrio entre os opostos, de acordo com os integrantes da equipe, além de gerenciar as metas e recursos disponíveis.
Não há uma fórmula mágica para encontrar este equilíbrio, já que os elementos necessários variam de time para time, e também com a personalidade e o estilo do próprio gestor. Podemos, no entanto, listar algumas dicas e pontos-chaves usados com sucesso nas mais diversas empresas para alcançar um desempenho coletivo eficiente.
Discutiremos eles detalhadamente, com foco nas habilidades necessárias ao líder do grupo, e no ambiente que ele precisa construir para favorecer as aptidões dos pessoas.
Toda empresa que busca a excelência e mantém um alto nível de competição precisa fazer um esforço constante para atrair profissionais bem capacitados, e a mesma regra vale para organizações, governos ou equipes esportivas. Apenas juntar pessoas talentosas não é garantia de excelentes resultados, precisamos de um bom gestor que consiga fazer estas peças diferentes trabalharem em harmonia.
Já vimos exemplos de times esportivos que contrataram os melhores jogadores, ou empresas que têm à disposição milhões de reais, mas não obtiveram bons resultados. Isso nos alerta para a importância da função do gestor-líder.
A gestão de equipe é uma variável decisiva nessa situação, pois o sucesso não consiste apenas em ter os melhores, mas também em fazê-los trabalhar em harmonia e oferecer a sua melhor performance. Ela funciona como um quebra-cabeça: para montar a imagem final será necessário articular peças diferentes, mas que se encaixam.
Sem uma dedicação permanente no desenvolvimento dessa área nas organizações e empresas, nunca conseguiremos montar um quebra-cabeça perfeito, ou seja, uma equipe eficiente e produtiva.
Nisso consiste a importância de uma boa gestão de equipe: obter o melhor dos nossos colaboradores, transformando seu potencial em resultado. Sem isso, corremos o risco de termos apenas prejuízos, conflitos e salários que não geram retorno.
Como sabemos, não há fórmula mágica para a gestão de equipes, e veremos que ela precisa integrar diversas habilidades para superar seus gargalos. Um gestor atua para que:
Podemos pensar que cada equipe consiste em uma pequena sociedade, com sua própria cultura e dinâmica. Equilibrar as relações entre os colaboradores dentro e fora da empresa é uma tarefa que trará diversos benefícios para todos.
Uma estratégia é buscar formas de desenvolver o sentimento de pertencimento entre os integrantes - o engajamento. Quando os profissionais estão alinhados na busca de uma meta coletiva, tendem a se engajar mais, isso acontece porque há uma sensação de ganho recíproco e de pertencimento ao grupo e à empresa.
O engajamento produz resultados melhores, contribui para o bem-estar da equipe e cria um ambiente favorável para a inovação, pois quando as pessoas se interessam pelo sucesso do grupo elas trazem ideias que permitam o seu crescimento.
A gestão de equipe visa obter resultados em curtos e longos prazos. Isso significa que existe uma preocupação no desenvolvimento das habilidades que ajudem a executar cada função na empresa. Quando bem feita, ela proporciona um ambiente desafiador e capaz de incentivar o crescimento dos profissionais.
Como sabemos cada setor dentro da empresa tem sua função, apesar disso, todos têm apenas um objetivo. A gestão de equipe trabalha, justamente, no alinhar esta meta em comum, pois ela vai garantir que todos os esforços apontem com eficiência para a mesma direção.
Isso ocorre ao evitar que os membros não cumpram as suas funções, ou até repitam a mesma tarefa, criando dificuldades para os colegas ou desperdício de tempo. De forma resumida, vamos garantir que cada trabalho individual contribui para o trabalho coletivo.
Gerenciar uma equipe não é uma tarefa simples, exigindo uma série de capacidades e habilidades pessoais. É preciso, antes de tudo, criar um ambiente que impulsione os colaboradores, individualmente, ao mesmo tempo em que incentive o trabalho coletivo.
Para chegar no seu objetivo, gerenciando os recursos humanos e financeiros, o gestor precisará ter autoconhecimento, autocontrole e inteligência emocional. Isso torna-se indispensável para manter a sua saúde e para identificar possíveis conflitos dentro da equipe, bem como evitar que as confusões cresçam.
Conhecendo o seu funcionamento emocional, quais estímulos trazem motivação e quais atrapalham o foco, o líder terá uma base para entender o seu time e guiá-lo. Além disso, trabalhar com alguém que tem autocontrole e inteligência emocional favorece ter no ambiente um clima de confiança e bem-estar.
Escuta ativa e estar aberto ao diálogo são habilidades cruciais. O líder tem um papel central, porque tudo passa por sua mãos, sendo assim, estar aberto ao diálogo e escutar os colabores são habilidades básicas que ele precisa ter. Tal conhecimento cria um gestor capaz de motivar e incentivar a sua equipe, e tirar o melhor dela mesmo com as pressões cotidianas.
Há uma relação entre compromisso e motivação, por isso, um líder que não tem compromisso com as suas tarefas dentro da empresa, também não poderá motivar a sua equipe. As pessoas percebem facilmente quando alguém está fazendo corpo mole, e isso se torna problemático no momento em que um gestor apresenta tal postura, pois dará margem para outros integrantes também agirem assim.
O líder é um espelho para as outras pessoas, e precisa ter isso em mente a todo momento.
A liderança precisa investir em mudanças que impulsionam o diálogo, a cooperação e o desenvolvimento do grupo. Isso é a função primordial de um gestor, fazer a roda girar.
O primeiro passo é adotar uma postura transformacional. Isso significa que devemos pensar em estratégias práticas para executar no dia a dia, pois todos conhecemos histórias de líderes que devoram livros sobre gestão de equipe, e até tentam utilizá-los na prática, mas esquecem de seguir as propostas.
Para fugir desse paradigma é essencial construir soluções coletivas, que engajam as pessoas, com base nos objetivos que o time precisa bater e nos recursos disponíveis.
Uma tarefa crucial na gestão de equipe é identificar os recursos disponíveis, humanos e financeiros. Neste caso, podemos apontar como recursos humanos a soma das habilidades acrescentadas ao time por cada colaborador.
Isso significa que mesmo quando dois profissionais fazem a mesma função e vieram da mesma formação, eles têm habilidades diferentes, pois cada um teve seu próprio percurso singular ao longo da vida. Talvez um deles tenha aprendido algo num estágio, ou num curso livre, e possa contribuir com esse conhecimento para o trabalho.
Não é raro, em momento que aparece um problema complexo de ser resolvido, surgir um colega que tem experiência e conhecimento adequado para resolvê-lo da melhor maneira possível, trazendo surpresa para os gestores e colabores.
Por isso, precisamos fazer um mapeamento das habilidades dos nossos colaboradores, antecipando quem pode solucionar determinado problema para não viver uma crise quando ele ocorrer.
Podemos fazer isso através da escuta, passando tempo de qualidade juntos, ouvindo suas histórias e fazendo perguntas assertivas. Não raro, as informações mais importantes vão aparecer durante um momento de diversão, quando eles se sentem à vontade para fazer sobre experiências que não parecem ter ligação direta com o emprego. Sendo assim, precisamos criar estes momentos, e estar presentes para aproveitá-los.
É impossível terminar este artigo sem discutir o papel do exemplo na gestão de equipes. No final das contas, é uma relação entre pessoas, seres humanos, que precisam ter como base a confiança recíproca para seguir em frente.
Quando os colaboradores acreditam que o gestor está na direção do melhor caminho, e o líder acredita na potencialidade dos seus colaboradores em caminhar nessa direção indicada, equipes imparáveis se formam.
Os métodos e ferramentas que discutimos, neste texto, são maneiras de facilitar seu objetivo, mas o gestor deve estar sempre aberto a lidar com as novas situações e ser o primeiro a adotar as estratégias. Com essa mentalidade, torna-se fácil conduzir mudanças, pois você estará envolvido no processo e ganhará a confiança de todos ao seu redor!